segunda-feira, 11 de julho de 2011

ORQUESTRA E CAMARIM

Por entre restas por entre restos
por entre rostos por entre rastros
por entre ostras por entre astros

do sepulcro ao escolástico
de platão ao pleonasmo
pluralismo e singular
cada rio em um é cada
cada rio é cada mar

todos os riscos no caos quer encontrar
metódica eufórica metafórica retórica

sente mórbida pseudônima
cintilante xilofone harmonia

flauta clarinete oboé
saxofone e melodia

viola violino violoncelo trompa
trompete tuba trombone
e martelo compete o duelo do ego
todos num elo que belo

palco armado espatáculos e aplausos
filarmônica de berlim em florença
la florida e aqui dentro em mim

sente abismo sente frio sem fim
sente toda hegemonia
quando soa o clarim
do calor da meia noite
ao calor do meio dia
todo sonho desvairia,
toda dor irradia se não 
estiver no camarim

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A estirpe da minha criação poética em 15 segredos

1 Vem da estirpe do pó, pós - o (.....)
2 surge do apêgo em apêgo à um (.....),
3 é entrada franca da (....)
4 no lado oculto do(.....) ,
5 é vaga memória antepassada do(....),
6 é vida cotidiana que não desvenda um (.....)

7 O lírio esplendor de todos (.....)
8 são arpejos entre(....),
9 à (....)
10 transparente das verdades da(....)

11 quebram as frágeis vidraças das(....),
12 seguem-se .....
13 e assim se finda o poeta e assim nos alimenta os elementares(....)
14 a decobrir nossos próprios (.....)
15 e desvendar tantos outros (.....)

1 medo
2 único desejo
3 face
4 beijo
5 erro
6 único segredo
7 os desejos
8 os dedos
9 harmonia cristalina
10 alma
11 aparências
12 as palmas
13 alimentos
14 mistérios
15 segredos

A INSÔNIA E MEU JARDIM

QUE DISTÂNCIA, TÃO GARRIDA DAS FINAS FARSAS
ESTAMPAS FARPAS SOLTAS SOBRE MIM

ELA ME CHAMA PARA FUMAR UM CIGARRO LA FORA
E IMPLORA A TOMAR UM CAFÉ NO JARDIM

DE REPENTE A CONSCIÊNCIA PESA,
VEM COMO UM MORCEGO
E POUSA SOBRE MIM.

SOMBRIA CHEGA SEM BATER NA PORTA
VOANDO EM MINHAS COSTAS E ME FAZ IGNORAR
MAIS UM VEZ MEU JASMIM,

ME DESESPERO MAIS UMA VEZ COM SUA AFLIÇÃO
E VONTADE DE ME AGREDIR ,
QUERENDO MEU SANGUE E ME BANIR,
SE FOSSE UM VAMPIRO
NÃO SÓ ME BEBERIA COMO PODERIA ME ENGOLIR.

O QUE FAÇO EU AQUI ?
MAIS UMA VEZ NESSAS NOITES
QUE PARECEM NÃO TER FIM,
PENSO, QUE SE NÃO FOSSE ESSE JARDIM
NÃO HAVERIA JASMIM NEM FLORES DE CETIM

MAS PARA VER TAL PARAÍSO TENHO QUE VIR ATÉ AQUI,
AO CONVITE NÃO DAS FLORES DO MEU JARDIM
NEM DO MEU IGNORADO JASMIM
MAS DA INSÔNIA QUE ONTEM SÓ PERGUNTOU POR MIM


( ANDERSON D.)