Lancei-me de corpo e alma
nessa noite fria enluarada
desbravei a madrugada
rasguei em versos sua alvorada
acabei com o tédio e toda a sua entoada
me atirando livre no mundo fui mergulhando.
E fui fundo nos teus olhos insanos
Oh! Noite, tão sombria e tão cheia de luz
Sabes de todos, todos os planos.
fui a te um confesso de meus desenganos
Oh! Misterioso desejo de um caminhar etano
sem plugues plurais nem planos entre o sacro e o profano
só pra te confundir de meus últimos planos
Quis roubar o vinho do tempo e tomar por engano.
perpetuando meu ego inflando o significado Vulcano
de viver em poucas horas mil anos.
E sigo observando o infinito tempo da noite
em seu movimento em nosso lento e poderoso momento
e os ponteiros do relógio que vão se passando.
Nesse tempo contínuo continuo não acreditando
olhando pro tempo da noite vou pensando
o por quê que tudo passa, o tempo passa, todos passam
e eu! somente eu não vou passando.
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